
A atriz recusou o papel de protagonista em "Bela, a Feia" para atuar na novela de Tiago Santiago
Ainda mais depois de ter aprontado todas na pele de Valquíria, vilã de "Amor e Intrigas". "A mocinha sempre sofre muito. A Valquíria era mais divertida, ousada e sensual", reconhece. Por isso mesmo, a atriz de 29 anos ateve-se ao texto e resolveu apostar nas inúmeras transformações da professora ao longo da trama. "A cada problema que a trama impõe, ela cresce. E, como existem muitos conflitos, a história dela está sempre movimentada. Todo herói tem de passar por essas transformações", avalia.

"No começo ela é emocionalmente muito frágil, mas agora está cada vez mais forte", compara a atriz, que recusou o papel principal de "Bela, a Feia", para viver a protagonista de Tiago Santiago. "É a primeira vez que sou a protagonista dele. O convite foi especial, não pude recusar, embora a Bela fosse bem-vinda. Eu teria de me enfeiar muito... Quem for fazer que se prepare", diverte-se ela, sobre o papel que ficou com Giselle Itié.Você nunca negou que prefere as vilãs.
Eu me divirto mais fazendo a vilã, e a Valquíria foi um papel muito forte na minha carreira. Foi difícil, mas ela me deu um empurrão dentro e fora da emissora. Agora é diferente, é o oposto daquilo. A Sofia é frágil e, como boa moça, sofre muito. A mocinha é previsível, tem uma trajetória linear. Minha função é dar as nuances e diferenciar os papéis.
Mesmo com a séria tendência folhetinesca a tornar as heroínas "chatas" com tanta perfeição?
De uma maneira geral, as pessoas estão venerando os vilões. Existe uma inversão de valores. Acho que a vida está tão difícil que, quando o povo vê alguém que se dá bem... É difícil o público comprar personagens boas, frágeis. As pessoas vivem em alerta, sempre com um pé atrás, sem confiar. O vilão dribla as dificuldades e se dá bem. Para mim, isso é muito louco. É uma inversão de valores muito forte.

Ele é a pessoa mais presente na minha carreira. Ele me conhece mais profissionalmente que o meu namorado (o diretor Edson Spinello). Entrei em "Malhação" quando ele escrevia, fiz a peça "Quatro Amores", que era dele. Foi ele quem me indicou para o Herval Rossano para "A Escrava Isaura", e para a Cecília de "Bicho do Mato". "Prova de Amor", embora ele não tenha participado, me incentivou a pegar a personagem. Admiro muito o Tiago. Poucos têm a ousadia dele na TV. Graças a ele pude pegar papéis diferentes, únicos, e estou tendo novamente esta chance. É a primeira protagonista dele que eu faço.
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